A ciência encontra cura nos horrores do Halloween

As criaturas misteriosas que vagam durante a noite do Halloween estão servindo de inspiração para a ciência médica, em sua busca de novas formas de tratamento para doenças.

Sanguessuga está sendo pesquisada para cura de feridas
Sanguessuga está sendo pesquisada para cura de feridas

Dr. Hector Valdivia, um professor de fisiologia na Universidade de Wisconsin Medical School, em Madison, conseguiu isolar o veneno paralisante que os escorpiões usam para imobilizar suas vítimas. A capacidade de estas toxinas penetrarem nas membranas das células, trazendo muitas vezes resultados fatais para suas infelizes vítimas, poderia beneficiar a humanidade, transportando medicamentos diretamente para as membranas celulares, conforme publicado no WTOL11, texto de Amanda Gardner, HealthDay Reporter:

O efeito paralisante do veneno do escorpião pode ser usado para levar medicamentos a partes inacessíveis das células
O efeito paralisante do veneno do escorpião pode ser usado para levar medicamentos a partes inacessíveis das células

“Se eu tenho uma porção de droga que não pode penetrar na célula, eu poderia juntar esta parte com outra parte da toxina que serviria como veículo de transporte da carga para dentro da célula.”, explicou Valdivia. O conceito permanece em fase de desenvolvimento, mas Valdivia já descobriu no laboratório como sintetizar as toxinas.

O professor de fisiologia da Universidade de Michigan Robert Root Bernstein, disse que estão estudando as propriedades do veneno da aranha para matar tumores. Ele disse que as teias da aranha quando colocadas em feridas, podem ajudar a coagulação do sangue.

Uma enzima da saliva do morcego inspira medicamento para pacientes de AVC e diabetes
Uma enzima da saliva do morcego inspira medicamento para pacientes de AVC e diabetes

Cientistas estão descobrindo que o que é bom para os vampiros da noite também é bom para pessoa que tiveram AVC. Já até fabricaram um medicamento, em fase de teste, baseada em uma enzima existente na saliva do morcego vampiro.

Até mesmo os monstros oferecem seus serviços para a ciência farmacêutica, a exemplo dos lagartos do deserto que inspiraram um medicamento para diabetes, em fase de teste.

Até mesmo as larvas e sanguessugas já são usadas para limpar feridas. Elas são chamadas de “vermes médicos”, nos meios científicos.

Enfim, o Halloween tem seu lado monstruoso, mas também tem seu lado bom. Vale lembrar que o açúcar de suas balas foi usado como antibiótico, durante milênios. Atualmente, alguns médicos receitam o mel de açúcar para curar feridas de pele resistentes a antibióticos. A explicação técnica é a de que bactérias e fungos não conseguem crescer em algo que tem um elevado teor de açúcar, porque o açúcar suga toda a água fora da célula.