Chorar pode provocar a morte em uma criança de 2 anos no Reino Unido

Tianne Lewis. (Imagen: BBC)
Tianne Lewis. (Imagen: BBC)
  • Sofre de uma estranha síndrome que impede que o sangue chegue ao cérebro quando ela chora.
  • Os pais pedem que as autoridades de saúde olhem com mais atenção para este mal que acomete 8 de cada 1.000 crianças do mundo.
  • Ainda não existe cura para a doença que pode ser confundida com epilepsia, mas alguns medicamentos podem interromper o ataque.

Um casal de Wrexham (Reino Unido) está vivendo momentos de terror, diante da possibilidade de que sua criança de nome Tianna chore. O motivo: o choro pode provocar-lhe a morte.

Tianna Lewis, apenas dois anos de idade, sofre de RAS (Reflex Anoxic Seizure), uma estranha doença que não permite a circulação do sangue para o cérebro, quando algo surpreendente a faz você chorar.

Andy McHugh e sua noiva Ceri Lewis disseram à BBC que qualquer coisa que faça sua menina chorar pode provocar uma parada cardíaca: “Seu coração para quando ela chora e nós temos que ficar batendo nas suas costas, por mais difícil que possa parecer, para não perdê-la”, explicam, conforme publicado no jornal espanhol 20minutos.es.

Os médicos descobriram a doença da criança quando ela tinha 18 meses e deram pouca esperança de vida para ela. “Eles nos disseram que se demorarmos em fazê-la reagir (quando sente os primeiros espasmos, seu coração pode parar) durante os próximos 10 ou 15 minutos e ela pode morrer.”

Não há uma solução 100% eficaz para esta estranha síndrome, mas os pais de Tianna confiam que a filha vai superar esta doença. Eles pedem as autoridades mundiais de saúde que tenham mais interesse por esta doença estranha que acomete 39% das crianças diagnosticadas com epilepsia.

O que é esta síndrome

A síndrome faz com que o sangue não chegue ao cérebro, quando a criança chora ou é surpreendida por alguma coisa.

Estima-se que oito em cada mil crianças do mundo tenham a síndrome que geralmente é tratada com drogas específicas, como a atropina, um medicamente que até a data parece parar os ataques.

A maioria dos casos ocorre entre seis meses e dois anos.