Estudantes de Brasília dizem que prova do Enem foi muito longa e cansativa

O estudante Wesley Viana comenta as provas do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) (foto: agência Brasil)
O estudante Wesley Viana comenta as provas do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - Foto: Agência Brasil)

Para os estudantes brasilienses que participaram hoje (6) do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a prova não estava difícil, mas os longos textos de algumas das 90 questões de linguagem e lógica, além do enunciado da redação, tornaram a prova cansativa.

Ao fim de cinco horas e meia de prova – uma hora a mais do que ontem (5) -, algumas pessoas admitiram à Agência Brasil ter “chutado” parte das respostas por simples cansaço. Foi o caso do funcionário público Sebastião Pereira Aguiar, que deixou a sala antes do prazo final para a conclusão da prova.

“A prova não estava difícil, mas é muito grande, tem muitos textos e acaba se tornando cansativa.  Como é preciso ler muito, chega uma hora que você cansa e a parte final era justamente a de raciocínio lógico. É humanamente impossível responder tudo e como a parte final era justamente a de raciocínio lógico, para mim ficaram faltando algumas questões de matemática”, disse Aguiar.

O estudante Wesley Viana dos Santos também considerou a prova cansativa. Para ele, as questões de lógica deveriam ter sido aplicadas junto com as de ciências da natureza, que esse ano trataram de temas atuais, como aquecimento global e efeito estufa.

“Esse segundo dia estava bem complicado e eu já estava estressado. Em algumas questões era difícil entender o que o enunciado queria, mas, no todo, a prova foi normal”, disse Viana, acrescentando ter associado o recente escândalo de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), com o tema proposto para a redação.

A partir da questão “Eles são todos corruptos?”, os participantes tinham que escrever um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema O Indivíduo Frente à Ética Nacional, apresentando uma proposta de ação social que respeite os direitos humanos.

“Achei que veio bem a calhar e óbvio que pensei no Arruda e em todos os envolvidos [nas denúncias investigadas pela Polícia Federal], mas achei melhor não citar nomes [na redação]. Até porque, a corrupção não se limita a esse episódio”, comentou Viana.

Já o estudante Artur Brian Correira Silva de Azevedo comemorou o fato de a prova estar em conformidade com o que havia estudado. Mesmo assim, ele também sugeriu que os organizadores reduzam o tamanho dos textos. “A prova foi boa, mas os enunciados de algumas questões estavam muito complexos e bastante cansativos, tomando bastante tempo.”

Flamenguista, Azevedo brincou que o difícil foi evitar a ansiedade pelo fato de seu time estar disputando a final do Campeonato Brasileiro. “O mais importante é o futuro profissional. Claro que o time também é importante e eu estava ansioso para saber quanto estava o jogo, mas quando eu chegar em casa eu vejo. Até porque, sei que o Flamengo vai ganhar.” (Alex Rodrigues /Agência Brasil).