Jovens aprendem a fazer confecção artesanal com o uso de teares

Jovens e adultos do assentamento Nova Esperança, localizado no município de Palmas de Monte Alto, no sudeste da Bahia, estão sendo treinados em confecção artesanal, com o uso de teares, no Centro de Profissionalização em Algodão (Centrevale), da EBDA, vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri).

Entre os dias 12 e 16 deste mês, foram treinados sete jovens e uma senhora, e já está programada, para a próxima semana (26 a 30), mais uma turma, com 10 adolescentes, na faixa etária de 14 a 20 anos.

Segundo a coordenadora do curso e instrutora da empresa, Maria Amélia Vilas Boas, estão programados mais cinco cursos de artesanato para os próximos meses, podendo este número aumentar dependendo da demanda dos agricultores da região.

“Nossos cursos atendem a um máximo de 10 pessoas por turma, em função do número de teares disponíveis e do treinamento ser todo prático”, explicou Maria Amélia. Os alunos aprendem a fazer peças como colchas, mantas, tapetes, cintos, centros-de-mesa, jogo-americano, entre outras peças artesanais.

Com três instrutores trabalhando, simultaneamente, cada aluno dispõe de um dos quatro teares, tipo Pente Liço. Já os dois teares profissionais atendem a três pessoas ao mesmo tempo, permitindo que um maior número de alunos aprenda num mesmo momento, pela diversificação de procedimentos que o tear oferece.

A estudante Estéfane Gomes Lopes, 16 anos, treinada por Maria Lourdes Lima Barros, disse que o curso foi muito importante e que gostaria de voltar para aprender outros tipos de artesanato com algodão. “Foram dias importantes para mim e, se permitirem, volto para aprender outras peças e pontos novos”, comentou.

Maria José Barbosa da Silva, uma líder do assentamento e responsável pelo grupo de jovens, assegurou que o curso está proporcionando uma oportunidade aos jovens e adolescentes de aprenderem uma profissão e ocuparem o tempo de forma útil. “É muito bom ver nossos jovens interessados, querendo voltar para aprender mais”, acrescentou.

Além de agricultores de assentamentos, os cursos ainda beneficiam a quilombolas, agricultores familiares de associações, cooperativas e sindicatos, e produtores, ou não, de algodão, das diversas regiões do estado. O Centrevale oferece, além das aulas de artesanato, cursos de Administração Rural Básica, Conservação do Solo e da Água, Manejo da Cultura do Algodão e Beneficiamento e Comercialização do Algodão.

ras/is