Meus Olhos

Meus Olhos
Meus olhos vêem tanta coisa
Fico mesmo indiferente.
Me pergunto vez por outra
Se os homens são inteligentes.

Meus olhos vêem tanta coisa
Que não gostaria de ver.
Desrespeito, violência, ambição
Faz triste o meu viver.

Meus olhos vêem tanta coisa,
Provocam em mim uma guerra.
Alguns com tantos quilômetros
Outros vagando sem-terra.

Meus olhos vêem tanta coisa
Por este mundo enganoso.
Como abandono ao menor
E desprezo ao ser idoso.

Meus olhos vêem tanta coisa
Que me deixa desolado.
Sofro vendo tristemente
O pobre abandonado.

Meus olhos vêem tanta coisa
De cortar meu coração.
Os ricos se banqueteiam
Os pobres morrem sem pão.

Meus olhos vêem tanta coisa
Cada vez mais vendo mais.
Os homens fazendo guerra
Tudo em nome da paz.

Meus olhos vêem tanta coisa
Frente a frente à natureza.
Diante de tanta angústia
Me faz chorar de tristeza.

Meus olhos vêem tanta coisa
Que chego a tal conclusão.
Lúcifer expulso do céu
Fez nos homens encarnação.

Poeta Irajá