Morre o professor Expedito Parente, o pai do biodiesel

Foto de Expedito Parente, o pai do biodiesel
A tecnologia do professor Expedito Parente, o pai do biodiesel, foi reconhecida pela ONU, NASA e empresas como a Boeing (Foto de Thiago Gaspar)

Infelizmente, faleceu ontem de madrugada, aos 70 anos, o engenheiro químico cearense Expedito Parente reconhecido mundialmente como o “pai do biodiesel”, conforme noticiado no jornal Diário do Nordeste.

De acordo com informações da Universidade Federal do Ceará (UFC), instituição de onde era professor, Parente estava internado no Hospital São Carlos, em Fortaleza, e faleceu por complicações de uma cirurgia de diverticulite (inflamação no intestino grosso).

Depois de várias experiências com plantas oleaginosas, Expedito Parente conseguiu produzir o biodiesel. A tecnologia, pesquisada pelo cearense de modo pioneiro no fim da década de 70 e patenteada nos anos 80, demorou a ser reconhecida no Brasil, mas foi explorada em outros países.

A ideia de Expedito Parente foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), pelo governo dos Estados Unidos, de empresas como a Boeing e da Nasa (Agência Espacial Americana). Hoje, a patente é de domínio público.

De acordo com a UFC, Parente afirmava que a popularização da descoberta era importante, pois cumpria três missões: ambiental (substituindo os derivados do petróleo), estratégica (colocando o Brasil em posição de destaque no cenário mundial) e social (por ter potencial de gerar a paz, com distribuição de riqueza). “Ele brigou por uma causa, dando uma demonstração de como tinha visão de futuro”, disse o reitor da UFC, Jesualdo Farias.

Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte de Parente que, segundo ela, é motivo de orgulho para todos os brasileiros. “A dedicação de Expedito ao biodiesel contribuiu para reduzir a pobreza no campo”, destacou Dilma.