O analfabetismo chega a 28% em pequenas cidades do Nordeste

A taxa de analfabetismo nas pequenas cidades do Nordeste chega a 28% no universo dos que tem 15 anos ou mais. Nestes mesmos municípios, 60% dos idosos não sabem ler e escrever.

Este número de adolescentes e jovens que não sabem ler, nas pequenas cidades do Nordeste,  segundo dados dos Indicadores Sociais Municipais do Censo Demográfico 2010, divulgado hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é considerado preocupante, pois a média no país é de apenas 2,5%, enquanto no Nordeste é quase o dobro (4,9%), na Região Sul, 1,1% e no Sudeste 1,5%.

Entre jovens e adultos, o levantamento revela que em 1.304 municípios a taxa de analfabetismo era igual ou superior a 25%. Entre eles, 32 não contavam com o programa Educação de Jovens e Adultos (EJA). A maioria está localizada no Nordeste, tendo sido a pior situação observada em João Dias (RN), onde 38,9% das pessoas com 15 anos ou mais não sabem ler e escrever. Em seguida, aparecem Monte Santo (BA), com 35,6%, e São Brás (AL), com 34,7%. No Norte, três municípios aparecem na lista, todos em Tocantins: Ponte Alta do Bom Jesus (25,2%), Mateiros (26,4%) e Centenário (28,6%). O Sudeste concentrava quatro deles, localizados em Minas Gerais. São eles: Miravânia (26,0%), Frei Gaspar (28,5%), Bertópolis (29,6%) e Santa Helena de Minas (31,7%).

O levantamento também evidenciou as diferenças em termos de alfabetização nos resultados segundo cor ou raça. Enquanto entre os brancos, o percentual de analfabetos para pessoas com 15 anos ou mais era de 5,9%, entre os pretos atingiu 14,4% e entre os pardos, 13%.

São dados que mostram a falta de investimentos adequados por parte dos governos nas áreas mais carentes.