Por prática de racismo jovens são expulsos de curso de Medicina

Por prática de racismo jovens são expulsos de curso de Medicina
Geraldo Garcia, de 55 anos, disse que foi agredido com um tapete e ofendido por causa de sua cor

Quando um jovem começa a estudar medicina, desperta um sentimento de admiração na sociedade, porque está cursando uma profissão nobre, com o objetivo de salvar vidas.

Mas às vezes, alguns  jovens estudantes de medicina cometem as mais absurdas imbecilidades, talvez devido a arrogância de estar fazendo um curso que não é para qualquer um. Há muitos registros de trotes criminosos praticados por eles. Estatísticas também mostram que os jovens negros são os mais agredidos nas escolas.

Na mais recente situação, três estudantes de medicina suspeitos de agredir um auxiliar de serviços no dia 12 de dezembro de 2009, em Ribeirão Preto, a 313 km de São Paulo, foram desligados do Centro Universitário Barão de Mauá, onde estudavam, conforme informações do G1.

O trio é suspeito de atacar o auxiliar de serviços gerais Geraldo Garcia, de 55 anos, com um tapete e ofendê-lo por causa de sua cor. A ação foi vista por várias testemunhas. Uma comissão composta por professores e funcionários decidiu pela expulsão, depois das investigações.

Os estudantes respondem na Justiça pelo crime de injúria qualificada por racismo. O advogado dos rapazes, Carlos Roberto Mancini, disse que vai recorrer da decisão, mas que, por enquanto, aguarda manifestação do judiciário para se pronunciar.

Em entrevista dias após o caso (veja o vídeo acima), Garcia comentou: “Vieram com um tapete enrolado e acertou bem forte. Deu aquele estralo nas minhas costas. Foi maldade deles. Para mim, quem faz isso tem que ser punido mesmo”. O auxiliar de produção ia para o trabalho de bicicleta na manhã de sexta-feira (11) quando foi atingido com um tapete nas costas. Ele caiu no chão e machucou a mão.