Segundo ministra, cotas democratizam ensino

Não sei se a ministra está certa ao achar que a política de cotas democratiza o ensino. Acho que as cotas servem para legalizar o preconceito tão existente neste país. Acho que as cotas deveriam existir e deveriam ser dadas levando-se em conta a condição econômica da pessoa, não sua cor.

Eis o que disse a ministra:

A ministra da Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Seppir), Matilde Ribeiro, defende que as experiências com cotas raciais em curso no País, ao considerarem as necessidades de criação de vagas para negros e índios, ampliam as oportunidades para os pobres. No entanto, críticos da reserva de vagas afirmam que os critérios estão equivocados por utilizar a cor ou a raça como fator de exclusão educacional e, não, as condições sociais e econômicas. Pelos cálculos do governo federal, dois terços dos pobres e miseráveis do Brasil são afrodescendentes.

Criado há quatro anos, o sistema de cotas para negros da Universidade de Brasília (UnB) sofreu diversas críticas por ter excluído do processo de seleção um estudante autodeclarado negro cujo irmão gêmeo foi aceito pela universidade como cotista. A análise fotográfica dos estudantes é apontada como responsável pela diferença no resultado. Após análise de recurso, a UnB autorizou a inclusão do estudante inicialmente considerado inapto no processo de seleção por cotas para negros.

“Nós bem sabemos a educação é uma fonte para a melhoria da qualidade de vida. Não é a única, mas é uma fonte, uma ponte muito importante. Então termos mais jovens, homens e mulheres, indígenas, negros, pobres nas universidades é sinal de que a política pública brasileira está se dinamizando e se democratizando cada vez mais”, diz Matilde.

Em entrevista divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, ela afirma ser “muito difícil separar a pobreza da discriminação racial”. “Quanto mais se olha para a periferia, para as favelas, percebe-se que a maioria das pessoas é negra. Por outro lado, os negros, mesmo os que não estão em condições empobrecidas, são discriminados por serem negros.”
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Agência Brasil
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