Vacina, sua importância e um pouco da história

Foto de uma pessoa sendo vacinada
A vacinação de qualidade é uma das formas mais importantes na prevenção de doenças infecciosas.

Vacina é a suspensão de microrganismos patogênicos, mortos ou atenuados, introduzida num organismo a fim de provocar a formação de anticorpos contra determinado agente infectante. Podem ser fabricadas com proteínas, toxinas, partes de bactérias ou vírus, ou mesmo vírus e bactérias inteiros, atenuados ou mortos, que ao serem introduzidas no organismo torna-o imune ou, ao menos mais resistente, a esse agente (e às doenças por ele provocadas).

É inegável a eficácia das vacinas. A maioria das doenças que elas ajudam a evitar é agora rara no Canadá, por exemplo. Crianças canadenses podem ser protegidas contra muitas doenças infantis potencialmente perigosas como o sarampo, caxumba, coqueluche (tosse convulsa), difteria, tétano, certos tipos de meningite, catapora, rotavírus e poliomielite.

E se as pessoas não forem vacinadas?

Em outros países, quanto menos pessoas foram imunizadas, maior foi o número de doentes registrados. Por exemplo:

Em 2000, o número de casos de sarampo na Irlanda aumentou de 148 para mais de 1.200 em apenas um ano, porque a vacinação foi reduzida para 76%. Várias crianças morreram.

Em 1999, houve um grande surto de rubéola (sarampo alemão), em Nebraska. Os mais de 90 adultos que foram afetados não tinham sido previamente vacinados. A maioria deles veio de países onde a vacina contra a rubéola não é rotina.

Depois de uma vacinação de rotina ser cancelada na Rússia, mais de 1.500 pessoas morreram de difteria, em 1995. Em anos anteriores, tanto a Rússia, quanto o Canadá, tinha apenas alguns casos de difteria a cada ano e nenhuma morte.

Os benefícios da vacinação superam os possíveis efeitos colaterais?

A resposta curta é sim. Se não houvesse vacinas, haveria muito mais casos da doença, complicações e mortes. As doenças que as vacinas ajudam a prevenir podem causar pneumonia, paralisia, surdez, danos cerebrais, problemas cardíacos, cegueira e diarreia grave.

História

Segundo a enciclopédia Wikipédia, o criador da primeira vacina, contra a varíola, foi Edward Jenner. Em 1796 Jenner observou que as vacas tinham nas tetas feridas iguais às provocadas pela varíola no corpo de humanos. Os animais tinham uma versão mais leve da doença, a varíola bovina.

Ao observar que as moças responsáveis pela ordenha, que comumente acabavam infectadas pela doença bovina tinham uma versão mais suave da doença, ficando imunizado ao vírus humano, ele recolheu o líquido que saía destas feridas e o passou em cima de arranhões que ele provocou no braço de um garoto, seu filho. O menino teve um pouco de febre e algumas lesões leves, tendo uma recuperação rápida.

A partir daí, o cientista pegou o líquido da ferida de outro paciente com varíola e novamente expôs o garoto ao material. Semanas depois, ao entrar em contato com o vírus da varíola, o pequeno passou incólume à doença. Estava descoberta assim a propriedade de imunização (o termo vacina seria, portanto, derivado de vacca, no latim).

Jenner ficou mundialmente conhecido como sendo o inventor da vacina, mas parece não ter sido o primeiro de empregar a vacinação. Afirma-se que os chineses tenham desenvolvido uma técnica de imunização anteriormente à Jenner. Eles trituravam as cascas das feridas produzidas pela varíola, onde o vírus estava presente, porém morto, e sopravam o pó através de um cano de bambu nas narinas das crianças. O sistema imunológico delas produzia uma reação contra o vírus morto e, quando expostas ao vírus vivo, o organismo já sabia como reagir, livrando os pequenos da doença.