Por Mª Lourdes Triana Narbarte (20minutos.es)
Temos presenciado um grande número de desastres naturais causando mais mortes, mais misérias e mais protestos em áreas teoricamente seguras. Mas eles são realmente catástrofes naturais?
O tsunami no Haiti e no Japão, as cheias do rio Mississipi, o tremor de Múrcia, não nos faz perceber que as ações dos homens estão indo longe demais? As tuneladoras (máquinas usadas na escavação de túneis) buscando gás e petróleo, os gases de efeito estufa, as indústrias que violem as medidas de prevenção de resíduos tóxicos (líquidos, sólidos e gasosos), o desmatamento ao longo do Amazonas, o desaparecimento dos pulmões verdes planeta e a consequente desertificação de grandes áreas, construções em áreas costeiras, o uso indevido dos aquíferos naturais, gestão e produção privada de águas naturais.
Acho que os homens estão colocando em perigo real a nossa própria sobrevivência e não é o altruísmo o que produz esse perigo, e sim a ganância das empresas e de conflitos militares entre o Norte e o Sul, Leste e Oeste.
Em suma, falamos de poder, mas não da solidariedade e da distribuição equitativa e sustentável da riqueza no mundo. O que mais precisa acontecer para que possamos mudar os hábitos de consumo a para que desapareçam as rivalidades eternas e para que a maioria corrija os desmandos de uma minoria que incompreensivelmente seguem sendo os senhores do mundo?