Apenas 1,9% doa sangue regularmente no Brasil

Jovem doando sangue
Para ajudar uma tia internada e com cirurgia marcada, o universitário Gabriel Carlos Mendes, 21 anos, foi a um hemocentro doar sangue pela primeira vez esta semana (Antonio Cruz/ABr)

O número dos que doam sangue no Brasil é de apenas 1,9%, segundo informações do Ministério da Saúde. Embora pequena, a taxa dos doadores está dentro do parâmetro definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que é de 1% a 3%. É preciso, no entanto, aumentar o número de doadores.

Todas as pessoas que estão na faixa etária de 18 a 65 anos e pesam mais do que 50 quilos, podem ser doadores, se quiserem. Basta comparecer a um Hemocentro com documento com foto e válido em todo território nacional. Hoje (14) é lembrado o Dia Mundial do Doador de Sangue.

Nadson Leandro, 28 anos, doa sangue para ajudar os que mais precisam. “Penso bem assim: se eu não doar, é menos uma vida que poderia estar salvando. Não me custa nada tirar um dia de trabalho para fazer um gesto de amor”, contou o vendedor para a Agência Brasil/ Paula Laboissière.

Para Maria da Conceição, 43 anos, toda pessoa com a saúde em dia deveria doar sangue regularmente. Doadora voluntária há mais de dez anos, a secretária também destacou como maior motivador a ajuda ao próximo. “Deveria existir uma lei que obrigasse todo cidadão a doar sangue”, cobrou.

O universitário Gabriel Carlos Mendes, 21 anos, foi a um Hemocentro pela primeira vez esta semana para ajudar uma tia internada e com cirurgia marcada. Depois da doação, ele garantiu que vai repetir o gesto a cada seis meses. “Foi muito significativo. Aprendi que doar sangue é salvar vidas”, disse.

O ministério orienta que o doador não esteja em jejum, tenha dormido pelo menos seis horas e não tenha ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação. É necessário também evitar o cigarro por pelo menos duas horas e o consumo de alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.

Não podem doar sangue pessoas que tiveram diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade; mulheres grávidas ou amamentando; pessoas expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como aids, hepatite, sífilis e doença de chagas; usuários de drogas; e pessoas que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual sem uso de preservativos.