Artesão faz casa-museu e farol com 6 milhões garrafas de vidro

Casa com 6 milhões de garrafas de vidro
Tito Ingenieri, um obreiro da arte - foto reprodução Clarin.com (Por Leo Vaca)

Admiro muito  iniciativas como a do argentino Rubén ‘Tito’ Ingenieri, um artesão de 57 anos, que passou 21 anos de sua vida recolhendo garrafas vazias de bebidas alcoólicas, com o objetivo de fazer uma casa, um museu e um farol.

Conseguiu 6  milhões de garrafas de vidro, sendo 100 mil de cerveja, que usou para construir a casa-museu e o farol. Ao mesmo tempo deu um exemplo de que não existe nada imprestável no mundo. Tudo tem uma utilidade, basta usarmos a cabeça.

A casa  está aberta à visitação publica, com entrada gratuita. Já recebeu delegações do Japão, da Holanda, da Noruega e do Canadá, fato que deixa Tito muito feliz com o resultado de seu trabalho. Ele disse que às vezes 40 pessoas percorrem o local ao mesmo tempo. Acredita que construir casas com garrafas pode ser uma solução para o problema da moradia, pois fica mais barato do que usar tijolos.

“Eu gostava de ter coisas que os outros não tinha”, diz o artesão, em um gesto que é a confissão. Acaricia as barbas com as mãos agitar um rastafari bronzeado e grisalhos. Nascido em Matadores e é de Chicago e Quilmes (é um zelador de uma escola Bernal), onde viveu sete anos. “Aos 15 anos eu aprendi a forja em uma oficina de ferreiro. Então eu conheci Oscar Albertazzi, que me ensinou a trabalhar com outros materiais. “, disse ele para o jornal argentino Clarin.com

A casa tem piso, escada de madeira, um quarto, uma sala, uma sala de jantar, um banheiro e uma cozinha.

“É uma casa como qualquer outra, mas com mais cores e iluminação graças aos tons das garrafas”, disse. Tito, que iniciou, mas não concluiu os estudos em belas artes, se define como um “operário das artes”.

O artesão afirma que se mudará para o farol quando ele ficar pronto, em dois meses. “O farol também tem quarto e sala, mas com mais requinte que a casa-museu, porque é mais alto”, disse.

Tito tem planos de construir também uma sala de cinema dentro da casa para os moradores locais. “Quero que muitos vejam que é possível fazer tudo isso sozinho. Com estas casas seria possível resolver problemas dos sem-teto e com criatividade”.