Brasil poderia ganhar $16 bilhões com Redução emissões por desmatamento

A inclusão dos mecanismos de Redução de Emissões de Carbono por Desmatamento e Degradação (REDD), poderia gerar uma receita de US$ 8 bilhões a US$ 16 bilhões ao Brasil em créditos de carbono, segundo informações da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono (Abemc).

Mas isso vai depender do resultado da negociação de um novo acordo substitutivo do Protocolo de Quioto.

Hoje, os mecanismos de REDD, que considera como crédito de carbono florestas “em pé”, não são elegíveis para o Protocolo de Quioto, que aceita apenas duas possibilidades de crédito na área florestal: o reflorestamento e o aflorestamento (em áreas onde nunca existiram florestas). “A conservação florestal, o desmatamento evitado [relativo ao REDD], não faz parte ainda do protocolo”, disse o presidente da Abemc, Flavio Rufino Gazani, conforme publicado na Agência Brasil/Bruno Bocchini:

O presidente da entidade afirmou que o governo brasileiro, depois de ter rejeitado a inclusão de florestas nativas nas negociações do Protocolo de Quioto, mudou recentemente sua posição e acena com a possibilidade de incluir este mecanismo nas propostas que levará para a 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 15), em Copenhague, no mês de dezembro.

“A ideia de já incluir isso é que o próximo acordo, seja ele uma continuação do Protocolo de Quioto, ou um novo acordo, já venha contemplando essa necessidade”, disse.

Para Gazani, o REDD deva ser um meio de conservação da floresta associada à exploração sustentável em áreas específicas, e não prever apenas a manutenção das florestas “em pé”.