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Déficit de altura reduz: crianças brasileiras mais altas, revela pesquisa

Redução do déficit de altura nas crianças brasileiras – Foto.: Wikipédia.

O Ministério da Saúde divulgou uma pesquisa mostrando que as crianças com menos de 5 anos de idade estão mais altas, por conta do acesso à alimentação. Entre 1974 e 2007, o índice de deficit de altura – principal indicador da desnutrição – caiu 75%.

O estudo Saúde Brasil 2008 mostra ainda que as crianças brasileiras estão cada vez mais próximas do padrão internacional mantido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para avaliar a estatura da população de até 5 anos, a OMS adota uma escala que vai de –2 a 2, em que zero é considerado o padrão ideal. A média das meninas brasileiras é de –0,22 e a dos meninos, de –0,35, conforme Agência Brasil/Paula Laboissière:

A pesquisa indica que os ganhos em altura ocorreram também entre adolescentes de 10 a 19 anos. Nessa faixa etária, a redução do índice de deficit de altura foi de 70% no período entre 1974 e 2003.

Na população adulta, as mulheres ganharam 3,3 cm, em média, em 14 anos e cresceram quase duas vezes mais que os homens. Durante o mesmo período, eles ganharam 1,9 cm, em média.

O ministério alertou ainda que o aumento na estatura da população não significa, necessariamente, que as pessoas estejam se alimentando de forma correta e saudável. A pesquisa revela uma mudança no perfil nutricional do brasileiro, que passou de um estado de desnutrição para o de sobrepeso.

O risco de obesidade, de acordo com os dados, é maior entre jovens do sexo masculino com idade entre 10 e 19 anos. Nos últimos 29 anos, o grupo apresentou um aumento de 82,2% no Índice de Massa Corporal (IMC) – uma relação entre o peso e a altura.

Entre as meninas nessa mesma faixa etária, o aumento do IMC também foi elevado e chegou a 70,3%. O ministério garante, entretanto, que elas apresentam índices próximos do padrão de referência.

O estudo aponta diferenças entre os dois sexos também na idade adulta. Enquanto o risco de obesidade para homens tem aumentado constantemente nos últimos 29 anos, as mulheres mantêm o índice desde 1994.

Nos últimos três anos, o Ministério da Saúde repassou mais de R$ 92 milhões para projetos de promoção da saúde, incentivo à atividade física e hábitos alimentares saudáveis. Ao todo, 460 municípios foram beneficiados.

A pasta informou que investe, anualmente, R$ 37 milhões em ações de promoção de hábitos alimentares saudáveis, prevenção e controle de distúrbios nutricionais e doenças associadas à alimentação, nos estados e municípios.

Jackson Rubem: Jackson Rubem, escritor e jornalista
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