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Mulheres com 40 anos tem 50% mais chances de ter filho autista

Foto: Champusuicida - Flickr Creative Commons

Muitas pesquisas já foram feitas sobre autismo, entre as quais uma que mostra que o  estresse na gravidez pode não só retardar o desenvolvimento da criança, mas também trazer outros problemas como ansiedade, depressão e  autismo.

Uma recente pesquisa da Universidade da Califórnia traz dados estatísticos que geram certa preocupação em mulheres mais velhas que pretendem ter filhos. Segundo o estudo, o risco de uma mulher de quarenta anos ter um filho autista é 50% maior do que aquele registrado para mulheres  entre 25 e 29 anos de idade. Os pesquisadores analisaram todos os nascimentos no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, na década de 90. Eles perceberam a existência de uma relação entre o aumento da idade da mãe e o risco de o bebê desenvolver autismo. Para cada cinco anos de aumento na idade da mãe, o risco de diagnóstico de autismo na criança sobe em 18%.

O estudo foi publicado na edição de fevereiro do periódico “Autism Research” e busca quantificar como a idade do pai e da mãe – separadamente e de maneira conjunta – afeta as chances de uma criança desenvolver ou não autismo, conforme o portal G1:

Entre mães com mais de 30 anos, a idade do pai não parece influenciar o aumento do risco de autismo

Segundo seus autores, a pesquisa desafia uma atual corrente teórica que identifica a idade do pai como um fator chave para o aumento do risco.

“O estudo mostra que enquanto a idade da mãe aumenta consistentemente o risco de autismo, a idade do pai só contribui para o aumento do risco quando o pai é mais velho e a mãe tem menos de 30 anos. Entre mães com mais de 30 anos, a idade do pai não parece influenciar o aumento do risco de autismo”, afirmou Janie Shelton, principal autora do estudo.

Causas

De acordo com os pesquisadores, determinar a relação entre o aumento da idade dos pais e o aumento do risco de diagnóstico de autismo nos filhos é essencial para entender as causas biológicas da doença.

“Nós ainda precisamos entender o que faz com que pais mais velhos coloquem seus filhos mais expostos ao autismo e a outros cenários adversos para que então possamos começar a desenhar intervenções”, disse Irva Hertz-Picciotto, autora senior do estudo.

Jackson Rubem: Jackson Rubem, escritor e jornalista
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