A poesia da dona Matemática

Às folhas tantas Do livro matemático Um Quociente apaixonou-se Um dia Doidamente Por uma Incógnita Olhou-se com um olhar inumerável E viu, do ápice à base Uma figura impar

Eculeos

ECULEOS Robério Pereira Barreto Qual andorinha em vôo solo Ando sozinho em meio A muitos caminhos insólitos, Onde há várias pedras e espinhos A fechar-me a passagem. Qual redemoinho na caatinga Esgueiro-me entre os ecúleos da saudade; Afiados furam-me o

Crença ou vença

CRENÇA OU VENÇA Vera Vasconcelos Crianças desarmadas, mal amadas. Vítimas de políticas idiotas da pátria amarga Homem do poder, que só ver. Armas, armaduras, covardia Dos canhões brasões, símbolo do amor Sem pudor. Crianças viram gente grande, sem temor E

Canto à Yaiá

Ó lê, lê… Ó lá, lá, lá… Etcha coisa boa E a casa de Yaiá! Ela conta causos bonitos, Tem cocada boa, Passarinhos coloridos a cantar Árvores frondosas de frutas saborosas. Yaiá é carinhosa… Dar-me abraços apertados; Põe-me no colo;

Se por aqui passasse um trem…

Para muitos o trem é sinônimo de tristeza, para tantos outros, alegria. A partida marcada com o apito que lhe é próprio aperta o peito dos amantes que partem e, mais ainda dos que ficam.