30% dos jovens da Guatemala pensaram ou tentaram suicidar-se

jovens da Guatemala - foto: jugrote - flickr creative commons

É comum e alarmante em todo o mundo, mesmo nos países desenvolvidos, jovens tentando suicidar-se. As autoridades se veem impotentes diante de tal situação, pois acontece onde menos se espera.

Uma pesquisa realizada na Guatemala mostra que 15% dos jovens entre 11 e 16 anos já planejaram cometer suicídio pelo menos uma vez e outros 15% já tentaram, de acordo com os resultados do Inquérito de Saúde Escolar 2009, divulgado recentemente, e que incluiu peso corporal, comportamento sexual, entre outros.

A solidão é o principal fator que influencia o jovem na decisão de suicidar-se, segundo Eduardo Palacios, coordenador de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, do Ministério da Saúde.

“15% desses jovens, homens e mulheres pensaram em suicídio e 15% como o planejado e pelo menos uma vez pensou, uma situação que é realmente preocupante”, disse Palacios.

Palácios disse para a Agência Guatemalteca de Notícias que a situação é realmente preocupante.

A pesquisa envolveu 5.592 adolescentes de 82 instituições de ensino, públicas e privadas, em todo o país. Esta é a primeira vez que fazem uma pesquisa no país e a quarta na América Latina.

A pesquisa revela que mais de 40% dos entrevistados haviam consumido bebidas alcoólicas antes dos 16 anos, entre os quais 20% beberam com menos sete anos, “o que mostra que é consequência do que os pais ou guardião da criança bebem em casa”, argumenta Palácios.

Além disso, 15% dos participantes relataram ter tido relações sexuais antes dos 16 anos, destes cerca de 20% antes de 11.

Outro fenômeno que afeta a juventude é a questão da obesidade. 35% dos alunos de escolas particulares estão acima do peso contra 33% dos estabelecimentos públicos. Ressalta-se que esta situação foi registrada na capital.

A Pesquisa de Saúde Escolar também fez medições sobre a demografia, hábitos alimentares, higiene, consumo de álcool, drogas e comportamento sexual que contribuem para a infecção, doenças e gravidez indesejada, finaliza Palacios.