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Brasil junto com Unodc e OMS prepara plano para tratamento de viciados

Enfim, uma boa notícia relacionada a dependentes de drogas. Dentro de alguns meses, o governo vai divulgar um plano de ações específicas para tratamento de viciados. O plano está sendo elaborado em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), disse o representante do Unodc para o Brasil e o Cone Sul, Bo Mathiasen.

Digo uma boa notícia, porque a tendência é surgir milhares de viciados a cada ano, pois o crack está sendo consumido em Brasília, bem próximo onde as autoridades máximas governam este país. Eles parecem não enxergar, apesar de todos verem, conforme mostrado ontem no Fantástico.

O representante do Unodc revelou que a estratégia é fortalecer o sistema de tratamento de dependentes considerados problemáticos – pessoas que já apresentam um perfil crônico de dependência da droga. No Brasil, o foco serão os centros de Atendimento Psicossociais (Caps), além da capacitação e o treinamento de profissionais de saúde. Há ainda a possibilidade de uma cooperação internacional, com objetivo de levar o trabalho brasileiro para outros países, segundo noticiado na Agência Brasil/Paula Laboissière:

De acordo com Mathiesen, Temporão manifestou preocupação com a falta de ações na área de consumo de cocaína e derivados – em especial, o crack. Funcionários do ministério, do Unodc e da OMS já traçaram um esboço do plano de ações. O documento deve ser apresentado oficialmente ao ministro na próxima semana.

“Sendo prioridade, é uma questão de poucos meses [para que o plano fique pronto]”, disse Mathiesen. “O foco são as políticas de tratamento do dependente químico problemático que deveriam ser muito mais voltadas para a saúde da pessoa e os direitos humanos. Uma ótica de acolher e ajudar e não de punir”, completou.

De acordo com o Unodc, o perfil da maioria dos usuários problemáticos de drogas incluiu pessoas que já sofreram abandono, violência doméstica, abuso sexual e exclusão familiar. As drogas, segundo Mathiesen, surgem nesse cenário como uma forma de recompor tais frustrações. “O mundo já reconhece que as pessoas [viciadas em drogas] não deveriam receber nenhum tipo de punição, mas acolhimento e tratamento”, afirmou.

Jackson Rubem:
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