Casos reais de pedofilia até no coro do irmão do Papa

Casos reais de pedofilia até no coro do irmão do Papa
O irmão do Papa (na foto com a governanta) era líder do coro quando ocorreram alguns dos alegados abusos Reprodução do Correio da Manha. Foto: Alessia Pierdomenico/Reuters)

O que está acontecendo com as religiões atualmente? Pergunto isso porque tenho acompanhado os noticiários nos jornais e revistas e a quantidade de denúncias envolvendo os homens chamados “santos”, seja da igreja católica, seja da protestante ou outras do oriente (envolvidas com terrorismo, sequestro) está passando do limite.

Crescem, de forma espantosa, os escândalos sexuais envolvendo a Igreja Católica alemã. E pasmem: as últimas revelações expõem casos de abuso sexual de menores do coro da diocese de Ratisbona (ou Regensburg), dirigido durante trinta anos por Georg Ratzinger, irmão do Papa Bento XVI!

Três antigos membro desse coro afirmam ter sido abusados e espancados nos anos de 1960. Os casos de pedofilia foram confirmados por Clemens Neck, porta–voz da diocese da cidade onde o Papa ensinou teologia de 1969 a 1977. Neck frisou que não há queixas atuais, e ainda que todos os casos conhecidos tiveram lugar antes da entrada em funções do irmão do Papa como diretor musical da Catedral de Ratisbona, em 1964, conforme noticiado no jornal Correio da Manhã/F.J.Gonçalves com agências:

Mas esta informação contraria uma outra avançada pela diocese, quando confirmou ter contratado um advogado para fazer a “clarificação sistemática” das queixas de abusos sexuais entre 1958 e 1973.

Alegadamente, os responsáveis pelo assédio aos meninos do coro, entretanto falecidos, foram descobertos e afastados de funções. Um deles terá sido condenado a dois anos de cadeia em 1958, tendo o outro sacerdote passado 11 meses na prisão, em 1971.

Georg Ratzinger, de 86 anos, declarou ontem à rádio da Baviera que durante os seus anos de chefia do coro não teve conhecimento de quaisquer abusos. O Vaticano, por seu lado, recusou para já comentar o caso. Fonte da Santa Sé adiantou que os bispos alemães têm encontro marcado com o Papa Bento XVI no dia 12, em Roma.

Corista despedido por chefiar rede de prostituição no Vaticano

O Vaticano despediu o corista nigeriano Chinedu Thomas Ehim, de 40 anos, depois de descobrir que chefiava uma rede de prostituição masculina na Santa Sé envolvendo seminaristas e imigrantes clandestinos. Ehim foi apanhado em escutas a Angelo Balducci, responsável das Obras Públicas do Vaticano,já afastado por envolvimento num escândalo de corrupção.

Em algumas escutas, Ehim descreve a Balducci as características dos prostitutos. Numa delas, o cliente pergunta ao corista, a propósito de um deles: “A que horas tem de voltar para o seminário?”

Pedido de desculpas

A Conferência Episcopal alemã condenou os abusos nos anos 60 e 70 em colégios católico se pediu perdão às vítimas.