Governo investirá 9 bilhões no Rede Cegonha para gestantes

Rede Cegonha
Presidenta Dilma Rousseff, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na cerimônia de lançamento do Programa Rede Cegonha (Foto divulgação/Roberto S. Filho/Pres. da República)

O programa Rede Cegonha investirá cerca de R$ 9 bilhões, oferecendo cuidados especiais para as gestantes. Será lançado hoje (28) em Belo Horizonte (MG). Segundo a presidenta Dilma Rousseff um país pode ser medido pela atenção que dá às mães e aos bebês.

Dilma disse em seu programa semanal Café com a Presidenta, que o objetivo é começar a agir cedo, antes do nascimento da criança, proporcionando assim uma qualidade de vida melhor para a gestante e melhores condições para o parto.

O programa Rede Cegonha estará vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A mulher que chegar a uma unidade estadual ou municipal informando que está grávida ou que há suspeita de gestação deverá passar, inicialmente, por um teste rápido. “Vamos começar o pré-natal ali, no primeiro contato com a gestante, para incentivá-la a fazer um pré-natal completo, como é o recomendado”, disse Dilma.

De acordo com a presidenta, o governo federal vai garantir recursos para o deslocamento da gestante às consultas e exames por meio de um vale-transporte. Ao final da gestação, se a mãe tiver cumprido todo o pré-natal, receberá também um vale-táxi para ir à maternidade, conforme notícia da Agência Brasil/ Paula Laboissière:

Atualmente, cerca de 90% das gestantes brasileiras realizam as quatro consultas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A Rede Cegonha pretende ampliar o número para seis.

O SUS recomenda ainda 20 tipos de exames às gestantes e, com o programa, testes como a ultrassonografia deverão ser incluídos no pré-natal. Caso seja detectada uma gravidez de risco, nove tipos de exames complementares também terão recursos garantidos.

A gestante poderá conhecer, com antecedência, a maternidade para a qual será encaminhada e vai ser estimulada a fazer parto normal. O governo federal pretende criar ainda casas da gestante e casas do bebê, unidades localizadas dentro de maternidades de alto risco.

“A mulher pode precisar ficar nessas casas antes do parto, caso não tenha indicação de ficar internada, mas precise continuar sendo observada. Elas podem também ser indicadas depois do parto, quando o bebê está em uma UTI [unidade de terapia intensiva] ou não possa, por nenhum motivo, ir para casa”, explicou Dilma.