Polícia considera exploração sexual no caso dos adolescentes desaparecidos em Luziânia

Polícia considera exploração sexual no caso dos adolescentes desaparecidos em Luziânia
Luziânia (GO) - O senador Demóstenes Torres, em entrevista coletiva sobre as investigações do desaparecimento de adolescentes na cidade . Ao lado, o senador Romeu Tuma (Foto: José Cruz/ABr)

Os seis adolescentes que desapareceram de Luziânia podem estar sendo explorados sexualmente. Pelo menos é esta a linha de investigação adotada pela Polícia Civil de Goiás, que, contudo, prefere manter segredo os detalhes do caso. Durante a reunião com o senadores da CPI da Pedofilia, na 5ª Delegacia de Luziânia, os policiais disseram que há pistas de que os jovens estão vivos, mas rejeitaram a participação da Polícia Federal.

Segundo o secretário de Segurança Pública de Goiás, Ernesto Roller, a PF pode ser convocada, por exemplo, se os adolescentes já não estiverem em Goiás. “Há toda determinação da Polícia Civil de Goiás para que todos os meios sejam disponibilizados nesta investigação. Por enquanto, nenhuma hipótese é descartada”, disse Roller, que acompanha o caso em Luziânia junto com policiais do serviço de inteligência deslocados de Goiânia, conforme noticiado na Agência Brasil / Lísia Gusmão:

Embora a Polícia Civil tenha descartado a participação de policiais federais, as famílias dos seis adolescentes estarão em Brasília amanhã (4) para exigir que a PF entre no caso. Elas vão participar de audiência na CPI do Desaparecimento de Crianças e Adolescentes da Câmara. Os senadores da CPI da Pedofilia avaliam que as linhas de investigação da policia goiana podem levar, em pouco tempo, à localização dos jovens.

Na esteira dos últimos desaparecimentos de adolescentes em Luziânia, Marlúcia de Mattos tenta reabrir o caso de seu filho, que sumiu em 5 de novembro de 2008. Segundo ela, Diego, então com 13 anos, saiu de casa às 16h para brincar com os amigos na quadra esportiva e nunca mais apareceu. “A polícia deu meu filho como morto, mas não me entregou o corpo. Não perdi a esperança. Eu sei que vou achar meu filho. Mas não querem incluir meu caso neste pacote”, afirmou Marlúcia, em referência aos seis recentes casos. “Meu caso tem mais de um ano e não foi resolvido. Só a Polícia Federal pode ajudar.”