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Relatório da OMS mostra vitória brasileira na redução da mortalidade infantil

a Organização Mundial de Saúde (OMS)divulgou um relatório no dia 21, deste mês, mostrando que a mortalidade infantil no Brasil caiu para menos da metade entre 1990 e 2007. Antes morriam 49 crianças de até um ano de idade em cada mil que nasciam, agora morrem 20, o que é uma excelente notícia.

Os dados, constantes no relatório Estatísticas Sanitárias Mundiais de 2009, confirmam tendência já indicada pela Organização das Nações Unidas no começo deste ano. E colocam o Brasil em condição bem superior à media mundial. Em termos globais, a taxa de mortalidade entre menores de um ano passou de 63 (1990) para 46 (2007) entre cada mil nascidos vivos. Entre menores de cinco anos, o número de mortes ficou em 67 por mil nascidos vivos, contra 91 em 1990, conforme texto publicado na Agência Brasil/Mylena Fiori:

O estudo da OMS apresenta dados dos 193 países membros da organização e traz um resumo dos progressos para o alcance das Metas de Desenvolvimento do Milênio relacionadas à saúde. O quarto objetivo de desenvolvimento do milênio é reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade de menores de cinco anos.

Segundo avaliação da OMS, os indicadores apontam avanços, especialmente no que se refere à saúde infantil, mas com grandes variações de região para região. No que se refere à mortalidade infantil, na Europa, no primeiro ano de vida morrem apenas 13 crianças por cada mil nascidos vivos, contra 27 em 1990. O número caiu de 81 para 49 no Sudeste Asiático, de 82 para 60 na região do Mediterrâneo Oriental e de 107 para 88 na África. Nas Américas, esse número caiu de 34, em 1990, para 16 em 2007.

A taxa de mortalidade até cinco anos de idade caiu de 32 para 15 entre mil nascidos vivos na Europa, de 42 para 19 nas Américas, de 46 para 22 na região do Pacífico Ocidental, de 114 para 65 no Sudeste Asiático, de 111 para 82 no Mediterrâneo Oriental e de 181 para 145 na África.

De acordo com a OMS, os avanços são resultado, principalmente, da ampliação da imunização, do uso de terapias de reidratação oral durante diarréias, do uso de mosquiteiros e inseticidas e da melhoria nas condições de saneamento, entre outros fatores. O relatório frisa que a redução da mortalidade infantil depende, cada vez mais, da luta contra a mortalidade neonatal e alerta que os menores progressos vêm sendo registrados em países pobres, afetados por conflitos ou com altos níveis de contaminação por HIV/Aids.

O melhor desempenho está nos países ricos. Em San Marino e na Suécia, morrem apenas duas crianças, entre cada mil nascidas vivas, no primeiro ano de idade. Até cinco anos, o índice é o mesmo em San Marino e sobe para três na Suécia. O campeão em mortalidade infantil, segundo dados de 2007, é o país africano de Serra Leoa, onde o índice é de 155 mortes até um ano de idade e de 262 até cinco anos de idade a cada mil nascidos vivos. No Afeganistão, as taxas são de 165 mortes até um ano e de 257 mortes até cinco anos por mil nascidos vivos.

Também há grandes variações no que se refere à expectativa de vida. No Brasil, entre 1990 a 2007 a longevidade passou de 66 para 73 anos. Mundialmente, a média passou de 64 anos em 1990 para 68 em 2007. A região das Américas possui a maior expectativa de vida – 76 anos, contra 71 em 1990. Na Europa a longevidade no período passou de 72 para 74 anos, no Pacífico Ocidental de 69 para 74 anos, Sudeste Asiático de 58 para 65, da região do Mediterrâneo Oriental de 60 para 64, e na África, de 51 para 52 anos.

Na comparação por país, o Japão apresenta a maior expectativa de vida: 83 anos, seguido da Austrália, Islândia, Itália, Suíça e de San Marino, todos com expectativa de 82 anos. A menor média é de 41 anos de vida, no país africano de Serra Leoa (em 1990, a expectativa de vida era de 38 anos), seguido do Afeganistão, com expectativa de vida de 42 anos.

Jackson Rubem: Jackson Rubem, escritor e jornalista
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