Unicef denuncia morte de 1.600 crianças em Honduras após golpe

Unicef denuncia morte de 1.600 crianças em Honduras após golpe Mortes ocorrem a uma média de 13 crianças por dia, em Honduras e “as unidades materno-infantis dos principais hospitais públicos estão sobrecarregadas para atender as demandas dos serviços de saúde, cujo funcionamento pode entrar em colapso,” segundo a agência de notícias ANSA e site Telam.

A UNICEF também afirmou que mais de 1,8 milhões de crianças que estuda em escolas públicas “têm praticamente perdido o presente período acadêmico”, já que o governo de fato, por causa da resistência e adesão do corpo docente, adiantou o fim do período escolar.
“Esta emergência silenciosa, que tem causas crônicas e estruturais, é agravada pelas violações diretamente relacionadas com a atual situação do país”, disse o UNICEF.

O organismo internacional também afirma que entre o final do mês de Junho e Setembro, as principais organizações de direitos humanos, em Honduras, documentaram pelo menos “79 casos de crianças e adolescentes cujos direitos foram violados durante as ações repressivas”.

“Entre os tipos de direitos violados, citando o direito à vida (execução, ameaças de morte), o direito à integridade pessoal (tratamento cruel, graves lesões e golpes, feridas provocadas por bala), o direito à liberdade (assédio, perseguição policial e militar, detenção ilegal, uso abusivo da força”, apontou o texto.

A UNICEF apelou às autoridades civis e militares para que respeitem a Convenção dos Direitos da Criança, assinado e ratificado por Honduras.

Isso foi relatado a UNICEF num momento em que uma missão de funcionários do governo dos Estados Unidos tenta convencer que o regime de fato de Honduras, representado por Roberto Mocheletti e o presidente deposto, Manuel Zelaya, chegue a um acordo para o restabelecimento da ordem constitucional e do fim da crise política.